quarta-feira, 28 de maio de 2014

A noite acalma-me. É com ela que me sinto em paz, longe do reboliço do dia, da confusão diurna que atrofia.
À noite tudo é diferente, certo que o barulho é quase inexistente, mas é diferente. Sente-se magia no céu, nas estrelas, na lua, até mesmo na chuva que cai.
À noite sentado comodamente no sofá as palavras fluem, os temas surgem e as ideias passam a concretizações. Versos, proezas, textos seja de que género literário forem aparecem na cabeça como se de lembranças passadas se tratassem.
É à noite que recupero energias perdidas no agitado vai e vem do dia. Dia, esse, que mói por dentro, que destrói tudo o que de mais puro possa existir nas entranhas do ser.
Ser capaz de aguentar o dia é uma luta, luta que só se ganha pensando que a noite virá e tudo será recompensado, todas as energias serão repostas para que um novo dia se possa enfrentar.