quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vida

Será que a vida vivida é aquela que nos cabe?
Diria, será que a vida que nos entra pela porta não se enganou na morada?
Diria antes, será que a vida que vivemos é muito mais do que a nossa própria vida?
Quem não sentiu já que nada tem a ver com aquilo que vive, com aquilo que lhe surge, com aquilo com que é obrigado a debater-se?
Quem não sentiu já que tudo em que acredita não encaixa no puzzle da vida que vive? Vive porque sua parece, por que sua lhe aparece, porque sua tudo lhe faz crer que é, e assim a vive pois assim a vê e acredita que deve vivê-la.
Mas será mesmo assim?
Direi, não sei. Acredito que certas peças da vida vivida encaixam, sem dúvida, na nossa vida. Mas, acredito também, que outras só surgem para baralhar, para mostrar e demonstrar que tudo o que vivemos nem sempre é nosso.
Será, então, ilusão toda a vida que nos entra pela porta e que tão serenamente deixamos que se sente ao nosso lado?
Digo, não sei. O que sei é que a vida não se pode desperdiçar, mas questiono, qual vida? A nossa? Aquela que parece mas não é nossa? A que sublimemente se faz de nossa mas nunca o será?
Digo, não sei. Digo, ainda, não sei agora mas sabe-lo-ei pois farei por isso. Viverei aquilo que compreender que me pretence e certamente o puzzle da vida tomará nova forma, mais completo, complexo, mas com sentido.
Digo ainda que alguém saberá. Quem não sei.

Boa noite

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